Carreira & Gestão
Análise
Resiliência, digitalização e humildade: as lições do Sebrae-PI após um ano de pandemia
O diretor-superintendente Mário Lacerda explica porque esses três pontos são essenciais para as empresas
Robert Pedrosa - redacao@pinegocios.com.br
Resiliência, transformação digital e humildade. Essas são as três lições que o diretor-superintendente do Sebrae-Pi, Mário Lacerda, tirou após o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus. “Isso serve para o Sebrae, para as empresas e para os seres humanos”, afirma Lacerda, após entrevista exclusiva ao Piauí Negócios para avaliar o impacto da nova situação que pegou empresas de todo o mundo de surpresa.
Embora muitos negócios não resistiram à crise e fecharam de vez, aqueles que sobreviveram foram motivados pela resiliência. “Ela é essencial para seu negócio dar certo”, comenta o superintendente. Sem ela, empresas que tiveram o faturamento em queda de forma abrupta teriam quebrado caso não tivessem se adaptado a algumas mudanças impostas, como a adesão ao delivery, por exemplo.
“Não subestimar a força do digital. A transformação digital é inerente e perpassa por qualquer atividade, desde a mais inovadora a mais tradicional”, analisa Lacerda. Graças às ferramentas digitais simples como o aplicativo de mensagens WhatsApp, muitos negócios continuaram vendendo mesmo com o confinamento.
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Por fim, a pandemia mostra para as empresas e as pessoas que no fundo sabemos muito pouco e “precisamos de muita perseverança e humildade para enfrentar as adversidades”, ensina o superintendente.
Baseado nessas lições, Mário Lacerda faz uma análise assertiva das consequências da pandemia sobre as empresas e de como algumas mudanças podem soar positivas, dependendo de como se olha. O home office, que se intensificou após a pandemia, permite que colaboradores trabalhem para corporações de outra cidade, estado e até país. “Isso é um fator extremamente positivo sob a ótica das ameaças que as pessoas entregam ao digital de perda de postos de trabalho”, frisa.
O ambiente digital, aliás, é a palavra da vez no Sebrae-PI em 2021. A organização pretende ampliar ainda mais os canais digitais, de forma a estar mais presente junto aos micro empreendedores individuais (MEIs) e às micro e pequenas empresas.
É uma aceleração de uma tendência que já vinha acontecendo, mas disparou em 2020. Dos 84 mil atendimentos que o Sebrae-PI realizou ano passado, a metade foi digital. E entre os digitais, o crescimento foi 450% maior do que 2019. “Nós ganhamos essa capacidade de atender digitalmente e gerar conteúdo digital, de chegar a muito mais gente com esforço menor. Vamos ampliar isso em 2021”, conclui Mário Lacerda.
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