Comércio & Serviços
Efeito Covid-19
Comércio do Piauí reage em maio, mas tombo no ano é de -8,20%
Apesar das vendas subirem 6,5% em relação a abril, saldo nos cinco meses de 2020 é negativo
Robert Pedrosa - redacao@pinegocios.com.br
O tombo nas vendas do comércio varejista piauiense no período de janeiro a maio deste ano foi 8,2% menor do que o mesmo período do ano passado. O cenário revela que, apesar da recuperação do setor, de 6,5% em maio em relação a abril, os efeitos negativos da pandemia nos meses de março e abril não foram suficientes para animar o varejo. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada na quarta-feira (8) pelo IBGE.
Após uma variação negativa de 1,4% em janeiro deste ano, o comércio piauiense cresceu 0,7% em fevereiro, mas desabou para -5% em março e -16% em abril. Uma recuperação só veio em maio, com 6,5%. Porém, na comparação do mês de maio de 2020 com maio de 2019, as vendas foram 20% menores.
Em nível nacional, o volume de vendas do varejo cresceu mais que o dobro do que o Piauí: 13,9%, maior crescimento desde o início da série histórica, em janeiro de 2000. A explicação é que vários estados estavam com o comércio aberto em maio, enquanto no Piauí somente serviços essenciais tinham autorização para funcionar.
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Mesmo assim, o cenário brasileiro ainda não é animador. O crescimento de maio foi insuficiente para o setor recuperar as perdas de março e abril, que refletiram os efeitos do isolamento social para controle da pandemia de Covid-19. No acumulado do ano, o varejo registrou queda de 3,9%. Já nos últimos 12 meses, o cenário é de estabilidade (0%).
O gerente da PMC, Cristiano Santos, explica que os números positivos aparecem após o mês em que foi registrado o pior patamar de vendas da série histórica (-16,3%). “Foi um crescimento grande percentualmente, mas temos que ver que a base de comparação foi muito baixa. Se observamos apenas o indicador mensal, temos um cenário de crescimento, mas ao olhar para os outros indicadores, como a comparação com o mesmo mês do ano anterior, vemos que o cenário é de queda”, analisa.
A pesquisa aponta uma perda de ritmo dos impactos do isolamento social no comércio. De todas as empresas coletadas pela pesquisa, 18,1% relataram impacto do isolamento em suas receitas em maio. Em abril, esse número era 28,1%, o maior percentual desde o início da pandemia. Com isso, há a indicação de crescimento nas atividades dessas empresas.
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Fonte: IBGE