Consumo de energia no Piauí cresce em janeiro; mercado livre e setor químico são os destaques

O consumo de energia elétrica no Piauí registrou um aumento de 2,8% em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No total, foram consumidos 486 megawatts médios, sendo que 447 MW médios foram demandados pelo mercado regulado, que fornece energia para residências e pequenas empresas, e 39 MW médios foram utilizados pelo mercado livre, que abastece a indústria e grandes empresas.

No mercado livre, a CCEE monitora o consumo de energia em 15 setores da economia no Piauí, e em janeiro e no comparativo anual, as maiores taxas de aumento foram observadas nos ramos de Químicos (81%), Manufaturados Diversos (78%), Alimentícios (34%), Serviços (28%) e Minerais Não-Metálicos (27%). Por outro lado, apenas quatro ramos registraram queda: Metalurgia e Produtos de Metal (-21%), Veículos (-16%), Têxteis (-15%) e Transporte (-4%).

Já no mercado regulado, a redução ou aumento do consumo de energia está ligada principalmente ao cenário meteorológico, já que os dias mais quentes aumentam o uso de aparelhos de refrigeração, como o ar-condicionado, e ao crescimento da geração distribuída, que são os painéis solares instalados em residências e empresas que reduzem a demanda da rede. Além disso, a migração de consumidores do mercado regulado para o mercado livre também pode reduzir a carga do segmento.

No Nordeste, quase todos os estados tiveram consumo maior em janeiro, com destaque para o Maranhão, que registrou avanço de 43% no comparativo anual, a maior taxa do país no período. O Mato Grosso do Sul teve a maior queda, de 7%, seguido por Rio Grande do Sul (-5%) e Rio de Janeiro (-4%).

No Brasil, depois de dois meses consecutivos de queda, o consumo de energia elétrica no Brasil se manteve estável, encerrando janeiro com demanda de 66.794 megawatts médios, volume semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado.

A estabilidade mostra uma leve recuperação do mercado livre, mantida especialmente por uma demanda maior do ramo metalúrgico. Nesse segmento onde a indústria e grandes empresas compram energia, o consumo foi de 23.566 MW médios, 1,8% maior no comparativo anual.

Já o mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas, foi o responsável por boa parte do consumo do país, 43.229 MW médios, porém seguiu pelo terceiro mês consecutivo em queda, desta vez com uma leve redução de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

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