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Como a arquitetura comercial impacta na venda em supermercados no Piauí
O especialista Thiago Lemos explica que fatores que contribuem vão da otimização do espaço à disposição da iluminação
Redação - redacao@pinegocios.com.br
A arquitetura comercial é um dos segmentos em que o trabalho do arquiteto e urbanista é essencial para garantir bons resultados. A presença da arquitetura nos supermercados vai desde a localização da loja e construção do prédio, até a escolha da forma de exposição dos produtos e definição dos espaços para o fluxo de pessoas. No Piauí, o arquiteto e urbanista Thiago Lemos é um dos profissionais que tem se especializado neste segmento. Para ele, a arquitetura comercial influencia diretamente no volume de vendas das lojas. “A fluidez das pessoas no espaço, a organização dos produtos, a estética, o conforto, o estacionamento, um bom planejamento para recebimento e armazenamento de mercadorias impactam no faturamento”, afirma.
Ele cita que o começo do trabalho do arquiteto já é logo nas questões macro. Nos estudos para definição sobre qual a melhor posição do supermercado em relação ao fluxo de veículos na rua, os locais de entrada e saídas com acesso mais fácil e até o posicionamento do prédio em relação as vias. “Em avenidas duplas, com barreiras físicas, temos a prospecção do terreno, temos que avaliar o sentido que tem mais pessoas e como elas estão indo às compras. Se é indo ao trabalho ou na volta para casa. Tudo isso influencia até na hora de colocar as portas do supermercado”, explica.

Thiago Lemos afirma que nesta área, o arquiteto e urbanista precisa ter muitos cuidados em relação a alguns aspectos, principalmente quanto a modulação do projeto, que é quando as medidas são adaptadas para as dimensões dos materiais que vão ser utilizados na edificação. “A modulação é um desafio porque temos elementos diferentes, estruturais, acabamento, refrigeração, estacionamento, mobiliário, a questão das larguras dos corredores, que precisam atender normas específicas, você precisa entender um conjunto de normas e padrões para poder dispor melhor do espaço, criar uma sensação agradável com a melhor utilidade possível’, pontua.
A arquitetura desempenha um fator importante na otimização de espaços. Dessa forma, a questão do fluxo de pessoas dentro do supermercado e a exposição dos produtos precisam de um olhar especial na hora de projetar os espaços internos. “Isso começa com a entrada do cliente na loja, onde ele precisa ter uma visão geral dos produtos. Ele precisa ter a área mais baixa, hortifrúti, padarias e frios na parte central, logo na entrada, pois isso garante que o cliente vai ter uma contemplação geral da loja sem ter aquela sensação de corredor infinito. Nos preocupamos em rebaixar a iluminação para dar um efeito visual e valorizar a apresentação dos produtos”, pontua o arquiteto e urbanista.
Thiago Lemos ressalta que itens como iluminação e um bom trabalho de pesquisa junto a empresários também são fundamentais na hora do arquiteto e urbanista definir os projetos. “A luz é tudo. Um produto bem iluminado ele é bem visto. E nós temos produtos de várias cores. Para valorizar tudo isso tem que ter uma iluminação muito boa, direcionada e proporcional ao ambiente, não pode ser demais, nem de menos. Tem que valorizar a apresentação dos produtos, pois isso garante a venda do supermercado”.
Além de especializações e cursos de atualização na área da arquitetura comercial, o profissional que tem interesse em atuar neste segmento precisa procurar meios de obter experiência prática. Este setor exige o cumprimento de diversas normas como legislação sobre acessibilidade, saídas de emergência, leis municipais, estaduais e federais, além de normas regulamentadoras do Ministério da Economia, enfim, uma verdadeira confluência de fatores e o profissional precisa estar atento às tendências de mercado.
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Fonte: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Piauí
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