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Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção
Depois de semanas discutindo os princípios do Lean, os sete desperdícios e os desafios da aplicação das operações enxutas, uma pergunta comum surge nas organizações que decidem adotar esse modelo de gestão: "Quando a implementação do Lean acaba?". (Caso precise, retome as leituras anteriores para se contextualizar melhor)
A resposta curta é: nunca. E esse é justamente um dos maiores desafios e diferenças da filosofia Lean em relação a outras metodologias de melhoria de processos.
O Lean não é um projeto com data para acabar, mas sim um modelo de gestão baseado na melhoria contínua. Isso significa que, mesmo após implementar ferramentas como 5S, Kaizen, Kanban e fluxos padronizados, a organização nunca deve considerar o trabalho concluído.
O perigo da falsa sensação de dever cumprido
Um dos erros mais comuns em empresas que iniciam a jornada Lean é acreditar que, após um período de implantação, o modelo está "resolvido" e que o processo pode seguir sozinho. Isso geralmente acontece quando algumas melhorias iniciais trazem bons resultados, levando os gestores a reduzirem os esforços de acompanhamento e evolução.
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A estagnação do Lean acontece quando os processos voltam a apresentar falhas antes corrigidas, os padrões deixam de ser revistos, a equipe perde o engajamento e a análise de dados se torna superficial. Sem iniciativas contínuas para manter a melhoria viva, o Lean se torna apenas mais um projeto abandonado no passado.
A mentalidade Lean: um compromisso permanente
A verdadeira implementação do Lean acontece quando a melhoria contínua se torna parte da cultura organizacional, e não apenas um conjunto de ferramentas aplicadas temporariamente. Empresas que mantêm essa mentalidade entendem que sempre haverá novas oportunidades de otimização, novos desperdícios a eliminar e novos aprendizados a serem aplicados.
Na próxima coluna, discutiremos como garantir a perenidade do Lean e evitar a armadilha da estagnação, trazendo estratégias para manter a melhoria contínua viva dentro da organização.
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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção
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