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Desafio InovaUFPI: equipe transforma plástico descartado em filamento para impressão 3D

Com o primeiro lugar na competição, o grupo foi contemplado com 20 mil reais para dar andamento a iniciativa inovadora

 
 
Equipe UFPI Makers foi certificada com a premiação durante o StartUFPI

 Equipe UFPI Makers foi certificada com a premiação durante o StartUFPI

 
 

A equipe UFPI Makers venceu o Desafio InovaUFPI com a uma solução sustentável que beneficia tanto o meio ambiente quanto os alunos da Universidade Federal do Piauí. O grupo criar equipamentos usando impressora 3D a partir de plásticos recicláveis descartados dentro da própria instituição de ensino.O projeto, elaborado em apenas 20 dias, foi desenvolvido por três alunos e uma professora do curso de Engenharia de Materiais, garantindo o 1º lugar na competição.

O projeto reaproveita plásticos descartados e transforma-os em filamentos para impressoras 3D. A partir da matéria-prima reciclada, a equipe já criou ferramentas úteis para o dia a dia dos estudantes.

Como prova do conceito, conseguiram produzir um equipamento composto em 90% por peças fabricadas com a técnica de impressão 3D e filamentos reciclados. 

 

O objeto, que poderia custar cerca de R$ 100 mil reais se fosse produzido com materiais convencionais, mostra o potencial da inovação no uso sustentável dos recursos. (Confira o vídeo, no final deste teste, no perfil da Ufpi no Instagram)

O projeto reaproveita plásticos descartados e transforma-os em filamentos para impressoras 3D

 

“Nós começamos com uma ideia simples, que já vinha sendo desenvolvida no laboratório, mas até então trabalhávamos com polímeros comerciais. O grande diferencial do nosso projeto agora é a utilização do plástico reciclado”, explicou a professora Renata Barbosa, orientadora da equipe.

Para Renata Barbosa, a conquista reflete o valor da interdisciplinaridade e da inovação aplicada a problemas reais.

“Esse tipo de iniciativa mostra como a união de conhecimentos pode trazer soluções inovadoras. Os estudantes não só contribuíram com um olhar sustentável para a nossa universidade, mas também desenvolveram habilidades essenciais para desenvolver um futuro no mercado de trabalho”, ressalta a professora Renata.

 

Professora Renata Barbosa

 

Inicialmente, o projeto beneficia a área tecnológica, com foco em equipamentos. De acordo com a docente, há a pretensão de criar um equipamento simples, de bancada, para medir as propriedades mecânicas de um material.

Renata Barbosa explica que a ideia surgiu tendo em vista o fato de que na Ufpi são disponibilizados equipamentos grandes que, às vezes, não oferecem a sensibilidade necessária para testes mais detalhados.

Além disso, estudam a ideia de desenvolver kits para o curso de Moda, incluindo réguas específicas para as disciplinas.


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Os alunos que participaram do UFPI Makers foram Maria Luiza, Iasmin Bueno e Wellington Ferreira.

 

Iasmin Bueno compartilha que o projeto foi uma experiência única em sua jornada acadêmica, marcada por desafios e aprendizados. “Foi uma oportunidade incrível poder transformar resíduos em algo útil e sustentável. Ver os resultados práticos e o impacto do nosso trabalho foi muito gratificante”, comenta Iasmin.

Já Wellington Ferreira destaca a importância do trabalho em equipe e da aplicação de conceitos aprendidos em sala de aula no projeto. “A cada etapa, nos deparamos com desafios que exigiam novas habilidades e, por isso, constantemente tivemos que nos aproximar de uma visão mais empreendedora”, afirma.

Maria Luiza e Wellington Ferreira, alunos do projeto

 

Por ter alcançado através do projeto a primeira colocação, o grupo foi contemplado com 20 mil reais para dar andamento a iniciativa inovadora.

 

Com o montante, pretendem melhorar a qualidade das impressoras, adquirindo modelos com melhor corte e mais flexibilidade, permitindo o trabalho com mais eficiência. Além disso, por envolver várias etapas, como a coleta do plástico (que não gera custo), a seleção, a trituração do material e a preparação do filamento em outro equipamento do laboratório precisarão de mais artifícios para o trabalho experimental.

O projeto também está vinculado à Liga Acadêmica do Curso, onde conta também com a participação de outros alunos do Curso. “Estimamos que, no total, cerca de 10 alunos podem ser necessários para finalizar todas as etapas. Vale ressaltar que o projeto tem um prazo de seis meses e, no início, teremos uma demanda intensa para fortalecer e impulsionar o desenvolvimento dessa iniciativa”, relatou a orientadora. 

Após apresentação e desempenho do projeto, o grupo está na fase de construir plano de trabalho, a fim de solicitar materiais necessários para os estudos.

 

Confria o vídeo abaixo com mais informações sobre orojeto vencedor. 

 

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Fonte: Assessoria da Ufpi

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