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Número de clínicas de micro e pequeno porte cresce 77% em Teresina

Dados do Data Sebrae mostram que, nos últimos cinco anos, a capital abriu uma média de 232 novas micro e pequenas empresas de saúde por ano

 
 
Teresina conta com 4.589 empresas de serviços de saúde. A maioria está localizada no Centro e na Zona Leste (Foto: Piauí Negócios)

 Teresina conta com 4.589 empresas de serviços de saúde. A maioria está localizada no Centro e na Zona Leste (Foto: Piauí Negócios)

 
 

O setor de saúde em Teresina é um dos principais motores econômicos da cidade e do estado do Piauí. Há anos, a capital tem se consolidado como um polo regional de atendimento médico, atendendo residentes, pessoas de municípios vizinhos e até de estados circunvizinhos. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor é responsável por 8,1% dos empregos em Teresina, gerando mais de 21 mil postos de trabalho.

 

Nos últimos cinco anos, a capital experimentou um crescimento expressivo no setor. De acordo com dados do Data Sebrae, o número de clínicas e consultórios de micro e pequeno porte aumentou em quase 77%, com uma média anual de 232 novas aberturas entre 2019 e 2024. 

Teresina conta atualmente com 4.589 empresas de serviços de saúde, sendo que 3.810 delas são micro e pequenas, e 2.490 são clínicas e consultórios. Mais da metade dessas empresas está concentrada na região central e na zona leste da capital, especialmente nos bairros Jóquei, Fátima e São Cristóvão. Em 2023, a cidade registrou a abertura de 639 novas empresas no setor de saúde, e, em 2024, já foram inaugurados 177 novos estabelecimentos.

 

Para Newton Nunes Filho, presidente da Unimed Teresina, o mercado de saúde da capital pode ser considerado um dos setores econômicos mais importantes do estado do Piauí. “Isso se deve a fatores como a concentração de hospitais de referência, clínicas especializadas, profissionais qualificados, e a existência de cooperativas médicas, que desempenham um papel central no atendimento da população local e até de regiões vizinhas”, afirma. 

O médico destaca ainda a importância para a economia.

“O setor de saúde atrai investimentos consideráveis e gera empregos diretos e indiretos, influenciando de maneira significativa o desenvolvimento econômico da cidade”, comenta.

 

O médico Newton Nunes Filho destaca que o setor de saúde atrai investimentos consideráveis 

 

Comparando com os dados nacionais, a cidade se destaca pela alta densidade de médicos. Segundo dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil tem uma taxa de 3,07 médicos por 1.000 habitantes. Em Teresina, essa taxa é superior, com 7,33 médicos por 1.000 habitantes. 


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Formação de novos profissionais contribui para o crescimento do setor

Entre 2010 e 2023, a quantidade  de médicos no Brasil cresceu 81%, passando de 310.844 em 2010 para 562.229 em janeiro de 2023. O Piauí tem acompanhado essa tendência, com um aumento de 97% no número de médicos nos últimos 13 anos.  Teresina concentra a maior parte desses profissionais: dos 8.071 médicos registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM), 6.399 estão na capital, o que corresponde a mais de 79% do total.

 

"Esse mercado gera empregos e impulsiona o crescimento econômico. Temos hospitais públicos, privados e clínicas especializadas que se destacam pelos serviços de alta complexidade. Além disso, há destaque na formação de profissionais de saúde, com instituições de ensino de alta qualidade", comenta Francisco Pádua, ex-presidente da Fundação Municipal da Saúde (FMS). 

 

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No Piauí, o curso de medicina é bastante procurado. Conforme a Demografia Médica no Brasil, em 2022, 15.113 candidatos disputaram vagas nos cursos de medicina do estado. No mesmo ano, na capital, 2.573 estudantes se graduaram na área da saúde, o que representa 26,4% do total de graduandos, o maior percentual entre os cursos. Do total de graduandos, 782 foram do curso de enfermagem, seguido de odontologia (414) e fisioterapia (275). 

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