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Coordenar, supervisionar e instruir. Como fugir do microgerenciamento?

 
 
 
 

Chegou uma entrega. Ana, do financeiro, enviou mais de dez mensagens no WhatsApp. O estoquista faltou. O inventário não bateu. Luís e Rafael, que desempenham a mesma função, vão entrar de férias juntos daqui a quatro dias. O estagiário está sem fazer nada. O gerente do banco fez um lembrete da necessidade de negociar a dívida do cheque especial.

Esse último parágrafo é capaz de desencadear crises de ansiedade em muita gente e, infelizmente, pode ser a descrição de todas as demandas que um empresário recebe em um dia antes mesmo das 9h da manhã.

Empresário só é empresário porque gosta de controlar. A mania de controle é própria de quem empreende. O primeiro a ter essas características é este que vos fala. Como todo vício, microgerenciar é prazeroso no curto prazo e catastrófico com o passar do tempo.

Isso faz com que o gestor concentre tudo em si e não só tenha uma rotina fisicamente e psicologicamente insustentável, mas também que ele não gerencie efetivamente seu negócio. De gestor, ele passa a ser o funcionário mais esforçado. Microgerenciamento não é um grande problema, ele é a raiz de grandes problemas.


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Para ter controle, é necessário abdicar de controle. A antítese dessa frase é muito verdadeira quando se compreende que o nível de controle do gestor e do empresário é outro, tomando uma dimensão cada vez mais macro e estratégica. Sobre a migração do operacional para o estratégico, ela não é simples e rápida, já tratamos sobre isso em outra ocasião.

Os passos para fugir do microgerenciamento são: a) coordenar: dar norte e conduzir, apontar os caminhos; b) supervisionar: ter o apanhado consistente das informações acerca da operação; c) instruir: intervir pontualmente a partir do que é observado nos dois passos anteriores.

Esses três elementos não serão executados com destreza no início, mas a prática de evitar o microgerenciamento, associada ao binômio pessoas e processos, é uma forma eficaz de garantir um gerenciamento mais sustentável e eficiente do negócio.

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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção

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