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Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção
Outro dia, durante uma reunião inicial de consultoria com um empresário sobre as necessidades em seu processo de gestão, ouvi dele uma frase que me impactou: “hoje eu sei que tudo é processo! Iniciei minha jornada e meus negócios só fazendo, mas eu sei que a partir de agora eu só vou crescer se eu tiver processos”.
No caminho de volta para o escritório, conversava com meu sócio sobre como já existe uma mudança de mentalidade atingindo cada vez mais empresários e gestores, sobre como o crescimento e/ou expansão do seu negócio só se dará com a estruturação dos seus processos existentes.
Sou a favor da linha de pensamento que entende que se uma empresa existe e opera, os processos existem, sejam eles não padronizados ou aleatórios, mas o fato é que operação é sinônimo da existência de tarefas minimamente sequenciais.
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Nesta jornada de ajudar negócios na gestão de processos, opto por utilizar o termo ‘Modelagem de Processos’ ao invés do já batido ‘Mapear processos’. Uma vez que mapear por mapear é simplesmente o registro, enquanto ao modelar, estamos não somente mapeando, mas pensando e inferindo sobre a melhoria, desdobramento e a padronização deste.
Dentro do escopo atual de modelar processos, também já entendemos que o registro do processo (fluxograma, tutorial, procedimento operacional) de nada tem valor real para o negócio se este é mais um PDF no drive da empresa, um adesivo ou impressão na parede dos setores.
Operacionalizar o “tudo é processo” que meu colega citou, é mais do que produzir um documento, é um esforço de desdobramento das funções individuais no viés de educação para boa execução e sinergia do negócio.
Caso você entenda que no seu negócio os fluxos das etapas dos processos constituem mera documentação, com registros e diagramas complexos, ilegíveis e que poucos sabem da existência ou minimamente os conhecem: rasgue e/ou apague tudo isso!
Utilize as ferramentas de gestão como instrumento de orientação prática do cotidiano da empresa. A ferramenta pela ferramenta é como o abridor de latas que eu utilizo para lavar roupas.
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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção