Comércio & Serviços
Feriados
Comércio de rua no Piauí começa a abrir aos domingos e feriados para amenizar perdas
Pela primeira vez, os lojistas estão autorizados a funcionar em vários feriados
Robert Pedrosa - redacao@pinegocios.com.br
Mais prejudicadas por geralmente não abrir em feriados e ser bastante dependentes do movimento de pessoas que usam serviços públicos nas proximidades do Centro das cidades, as lojas de ruas buscam alternativas. Este ano, a convenção coletiva decidiu, pela primeira vez, após acordo com os comerciários, autorizar o funcionamento em feriados que antes só as lojas dos shoppings abriam: Aniversário de Teresina, Nossa Senhora Aparecida, Dia do Piauí e Proclamação da República. Nos bairros de Teresina onde o comércio é forte, e no interior do Estado, como Parnaíba, Picos e Floriano, o comércio também está autorizado a funcionar nestas datas.
Em Parnaíba e Picos, as duas maiores cidades do interior, este ano as lojas começaram a funcionar também aos domingos, aproveitando o movimento de turistas (caso de Parnaíba) e de viajantes que trafegam por Picos em direção a outro estado. Até agora, os comerciantes têm ficado satisfeitos com os resultados, segundo o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado Piauí (Sindilojas-PI).
O presidente do Sindilojas-PI, Tertulino Passos, explica que a abertura das lojas de ruas nessas datas é uma tentativa dos comerciantes de reduzir os prejuízos. Um levantamento realizado pelo sindicato comprovou que as vendas em pontos facultativos caem 15% e o movimento de pessoas dentro das lojas, 30%. No Piauí, por exemplo, existem, segundo a Fecomércio-PI, 98 mil lojas de varejo, que são impactadas nessas datas. Metade dessas lojas está em Teresina.
Tertulino Passos, do Sindilojas, diz que pontos facultativos provocam queda de 15% nas vendas (Foto: Piauí Negócios) |
Tertulino também condena o ponto facultativo, principalmente no Centro da cidade, em que se concentram muitas repartições públicas. “Além de retirar o servidor que poderia comprar ou olhar algum o produto, o ponto facultativo evita a ida das pessoas que iriam ao Centro para resolver alguma pendência em órgão público. É uma perda dobrada”, reclama o representante lojista.
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