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Sua empresa em uma lauda

Saídas para manter sua empresa em época de covid-19

Quem for mais criativo em encontrar uma solução célere de auxílio ao consumidor sai na frente dos demais

 
 
 
 

Logo no início de 2020 vivenciamos uma pandemia mundial que acarretou em significativas influências ao mercado financeiro. Por conta do novo coronavírus e sua facilidade de contágio, tivemos na mesma semana a maior e segunda maior queda do século dos índices da Bovespa, somadas às duas maiores altas nos últimos 11 anos.

 

Contudo, o covid-19 não afeta somente o mercado financeiro e o consumo em outros países; as pessoas em todo Brasil foram motivadas a evitar locais de contato com a coletividade, e desta forma, a manter-se em suas casas a maior parte do tempo, com saídas e interações somente quando realmente necessário.

 

Em decorrência desta solicitação governamental, já estamos diante do esvaziamento de lojas, restaurantes, centros de comércio, shoppings, bares, cinemas, instituições de educação, e outros locais que dependem do público para sua funcionalidade e rentabilidade, situação inimaginável. Empresário, o que fazer?

 

Priorizamos a saúde pública e a vida, então, a solução imediata seria cessar a operação e conceder férias coletivas a toda equipe. Se sua empresa continua na ativa, é o momento de reinventar e adaptar sua forma de vender. Quem for mais criativo em encontrar uma solução célere de auxílio ao consumidor sai na frente dos demais, e será lembrado pelos clientes como a primeira opção em caso de necessidade ou vontade de adquirir o produto ou serviço do seu nicho de atuação.

 

As lições do benchmarking são necessárias, e deve-se olhar para as soluções de outros segmentos. O delivery, por exemplo, é um ótimo canal de vendas sem que haja a necessidade de aglomeração de pessoas, e as lojas de materiais e utensílios podem começar a se utilizar desta ferramenta já conhecida principalmente por estabelecimentos de alimentação. Adapte seus itens, ou pelo menos os principais em volume de vendas ou de margem de lucro, coloque-os à disposição dos clientes em catálogos ou mala direta, e facilite o contato com vendedores por meio de telefone, mensagens e redes sociais. Se não for possível a entrega, disponibilize ao cliente a opção de escolher seu produto à distância, realizar o pagamento por meio de transferência bancária, e se locomover para somente receber os itens no balcão do estabelecimento físico, e desta forma, evitar o acúmulo de pessoas e exposição à doença. Porém, tenha o cuidado de observar com atenção o comprovante de transferência, pois se houver somente o comprovante de agendamento, este pode ser cancelado antes que aconteça o débito futuro em conta, e a empresa ficará no prejuízo. É recomendável e reconhecido pelo mercado a contribuição com a sociedade, então, se possível no ato da entrega do produto forneça uma cartilha de boas condutas, um pouco de álcool em gel, uma máscara, um pequeno terço, uma folha de papel com jogos de caça-palavras e palavras cruzadas, ou algo que possa acalentar o coração ou distrair a mente do cliente. Sua atitude com certeza será lembrada.

 

E em caso de fornecimento de serviços? Se possível, indique para todos sobre o prosseguimento de sua atividade mesmo que fornecida à distância, crie conteúdo nas mídias sociais e estabeleça canais de comunicação como whatsapp, chamada de vídeo, troca de e-mails, entre outros. Demonstre que está na ativa. O importante é ser visto constantemente, e não ficar parado.

 

Além, é necessário o cuidado com sua equipe para que não haja a exposição mútua de clientes e colaboradores. Adicione ao fardamento a equipamentos de proteção como máscaras e luvas, deixe em fácil acesso recipientes de álcool em gel para higienização constante, incentive que seus funcionários lave as mãos e se hidrate reiteradas vezes no horário de trabalho, e se possível, utilize cartazes informativos para que os visitantes também realize tais condutas preventivas.

 

A saúde do mercado mundial e a saúde financeira da sua empresa poderão correr riscos por conta deste vírus, e devemos saber combater a ameaça com todos os nossos remédios, afinal, não há vendas sem clientes, e não há empresa sem vendas.

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Fonte: Manoel Oliveira - advogado empresarial

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