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Crescimento de startups no Piauí incentiva investimentos do poder público e privado
Nordeste é uma mina ainda não explorada o suficiente no ambiente de inovação
Ana Cristina Guedes - redacao@pinegocios.com.br
“De 2015 a 2019 o número de startups no Brasil quase triplicou. Em 2021 tivemos o ano com maior valor em investimentos nas startups, com valor recorde de 9.4 bilhões de dólares, 170% em relação a 2020”. A declaração é de quem entende do assunto: Rodrigo Baluz é líder da Carnaúba Valley, comunidade que é pioneira em inovação e tecnologia no estado, ressaltando que as startups são um tipo de negócio que é uma tendência nacional, especialmente na pandemia, quando os negócios tradicionais e físicos tiveram que suspender suas atividades.
Para ele, o Piauí e a Região Nordeste como um todo passam a ser a grande mina ainda não explorada quando o assunto são startups. “Muitos investidores e fundos estão olhando para negócios nas regiões Norte e Nordeste. E neste processo, cada vez mais, as startups piauienses em operação e tração buscaram se fortalecer para estarem bem posicionadas no mercado.
Tamanho crescimento despertou também o interesse do poder público e do privado, além de instituições como Sebrae, Senai, dentre outras, em incentivar e potencializar o ecossistema piauiense. “Desde 2021, com a publicação da Lei de Inovação do Piauí, o Governo vem dando passos importantes para o nascimento e consolidação das startups. Hoje, temos um programa próprio de aceleração de Startups, o Startup Piauí. Isso qualifica os negócios e os potencializa dentro do mercado nacional”, afirma.

Dentro do programa do Governo Digital, a Junta Comercial do Piauí disponibilizou um ambiente eletrônico preparado para a abertura de startups. “Observa-se que o Estado passa a reconhecer a força das startups para o desenvolvimento socioeconômico do Piauí. Esta construção pelo poder público, mesmo que tardia, consolida a posição do Piauí para os negócios inovadores e provoca nos demais atores o interesse em também criar ambientes e programas que favoreçam a classe empreendedora”, pontua.
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Baluz ressalta uma questão sobre as startups. Se por um lado o termo se tornou conhecido e atraiu a atenção da sociedade de uma forma geral, é preciso também saber identificar uma startup para não cair na banalização do termo. Segundo ele, os números veiculados sobre o mercado das startups fazem com que haja um uso incorreto do termo para os negócios. “Mais do que compreender sobre as regras fiscais e contábeis, os empreendedores precisam compreender quando o seu negócio é ou não uma startup”, diz, ressaltando a importância de estudar o segmento, conhecer os termos e conceitos, e entender bem sobre o mercado.
“Uma startup precisa estar associada a um negócio inovador, aquele que traz uma nova experiência de usuário e de consumo aos seus clientes. Este negócio deve ser repetível, ou seja, deve trabalhar uma dor, um problema, que seja recorrente, seja no Piauí ou em qualquer outra localidade. E, por fim, ao ter como base a tecnologia, as Startups são escaláveis, pois crescem em número de clientes de forma muito rápida”, pontua.
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