Fintechs
Inclusão financeira é a prioridade das fintechs da América Latina
53,2% das empresas financeiras de inovação tecnológica veem inclusão como maior oportunidade
Redação - redacao@pinegocios.com.br
A inclusão financeira continua sendo a maior oportunidade para empresas inovadoras de base tecnológica focadas em produtos financeiros, as fintechs, na América Latina. 53,2% dos tomadores de decisão que empreendem neste setor colocam este tema a frente de questões como conformidade financeira, transparência e transformação digital para impulsionar negócios locais.
A evidência aparece no segundo estudo State of LatAm Fintech 2022, realizado pela Fintech Nexus, empresa de mídia focada em finanças, em parceria com a agência de comunicação Latam Intersect PR. O relatório analisa os problemas, barreiras e prioridades enfrentadas pelo setor em toda a região. Os resultados foram compilados a partir de pesquisas realizadas com 250 profissionais que trabalham na área, na América Latina.

De acordo com os dados, quando se trata de possíveis barreiras para as fintechs alcançarem seu potencial na região, 61% dos entrevistados, em 2022, consideram 'um ambiente regulatório favorável' como a principal (acima de 54,2% em 2021), seguida por 29,7% que citam 'a ausência de financiamento' (acima de 27,1% em 2021). Outro obstáculo importante é o da confiança: 39,8% dos entrevistados consideram a falta de confiança nos serviços bancários online e fintech como um complicador para que haja uma maior adesão.
O varejo continua representando a esfera com maior probabilidade de se beneficiar pelas fintechs. Ainda assim, ele teve uma queda de 59,7% para 42,6% das menções. Aumentos notáveis incluem agricultura (pesca, agricultura, processamento de alimentos) indicada por 14% (12,5% em 2021) e serviços (consultoria, publicidade e marketing) indicada por 10,8% dos entrevistados (em comparação com 7,8% em 2021). Os setores de saúde (6,8%) e educação (6,4%), que praticamente não apareciam em 2021, foram citados em 2022.
Leia Também
Tese de doutorado vira fintech de agronegócio no Piauí
Rodada de Negócios da Investe Piauí e Sindhospi supera expectativas
Três motivos que vão estimular mais investimentos nas startups em 2023
Joy Schwartz, presidente da Fintech Nexus, afirma que as descobertas deste ano também revelaram a resiliência do setor de fintech na América Latina. “Este ano foi marcado pela desaceleração econômica e pela inflação em muitos países da região. A redução subsequente nos volumes e valores de negócios das fintechs parece ter tido pouco efeito nas perspectivas do mercado. 46,4% dos profissionais da área parecem resilientes à queda, descrevendo-a como ‘uma parte natural e esperada do ciclo de negócios’, defende o presidente.
De acordo com 31,6% dos entrevistados, o maior impacto positivo na região virá da regulamentação do governo para reduzir taxas e encargos bancários para segmentos de consumidores sub-representados. Outros 30,4% declaram que os incentivos fiscais e comerciais aumentam as transações on-line e é um papel crucial para a inclusão financeira.
“O papel e a importância do apoio do governo como meio de impulsionar a inclusão financeira por meio do setor fintech é claramente revelado nas conclusões deste ano. Por exemplo, devido aos subsídios do governo durante a pandemia, estima-se que no Brasil 17% dos desbancarizados se bancarizem e na Argentina, o programa do governo gerou cerca de três milhões de novas contas bancárias”, explica Roger Darashah, sócio fundador da LatAm Intersect PR.
Metaverso ainda não é visto como solução
De acordo com a pesquisa, tecnologias de última geração, como Web3 e Metaverso, ainda são pouco utilizadas pelas fintechs. Apenas 11,1% dos entrevistados, atualmente, investem e desenvolvem serviços da Web3 e 33,3% descrevem as tecnologias como atualmente ‘irrelevantes para o presente’ e não têm planos de investir.
“De acordo com nossos dados, são os entrevistados que trabalham em organizações B2C e em funções voltadas para o cliente que se destacam com 10,5% e 12,9%, respectivamente, descrevendo o Metaverso como 'absolutamente fundamental' e já estão investindo no desenvolvimento de serviços da Web3”, concluiu Roger.
Siga o Piauí Negócios nas redes sociais
Fonte: LatAm Intersect PR
Comentários