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Startups de saúde têm primeira rodada de negócios com investidores do Piauí
Projeto da Investe Piauí e Sindicato dos Hospitais visa fortalecer empresas inovadoras no setor
Nícolas Barbosa - redacao@pinegocios.com.br
Na próxima quinta-feira (15), seis startups da área de saúde do Piauí terão a primeira rodada de negócios com investidores locais. O evento faz parte do Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional do Massachusetts Institute of Technology (MIT REAP), cuja etapa piauiense tem o objetivo transformar a saúde do Piauí em referência mundial a partir de inovação e tecnologia.
O MIT REAP está sendo realizado no Piauí pela agência Investe Piauí e o Sindicato dos Hospitais do Piauí (Sindhospi) e é acompanhado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das mais renomadas universidades norte-americanas e um dos principais centros de estudo e pesquisa em ciências, engenharia e tecnologia do mundo. A apresentação será às 19h, no Teresina Shopping e será aberta ao público.
O foco da 1ª Rodada de Negócios do Projeto Saúde Digital é apresentar as startups da área de saúde com maior potencial de investimento pelo setor privado. Para isso, uma banca de investidores piauienses estará presente para mapear o potencial e o estágio das empresas inovadoras de base tecnológica.
As seis startups que farão apresentação são Rad Serv, Higia Health Technology, Diagnostic Tech, S3 Biotech, Plataforma Compra Ágil Soluções Hospitalares e OP-Image.
Antônio Vinícius, da Investe Piauí, ressalta a importância de eventos como esse: “O investidor, hoje, para a realidade do Piauí, por exemplo, desconhece o ambiente de startup e por isso, aplica seu capital no desconhecido acaba sendo pouco provável. Nosso trabalho, especificamente no eixo de venture capital, é tornar isso mais palatável para o ambiente de empresários, entender quais deles estão mais dispostos a investir em startups. Para que a partir disso a gente possa criar um braço de investidores de startups”.
O MIT REAP
O programa é definido pelo próprio MIT como uma forma de transformar as descobertas de suas pesquisas científicas em uma abordagem prática que fortaleça ecossistemas empresariais orientados para a inovação. O Piauí faz parte do 9º grupo de regiões globais que são atendidos pelo MIT REAP junto com quatro cidades norte-americanas, além de Hungria, República Dominicana e um estado da Austrália nos anos de 2022 e 2023.
O único local já contemplado no Brasil foi o estado do Rio de Janeiro, que fez parte do 8º grupo. Entre os resultados que o programa já ajudou regiões de todo o mundo a alcançar, um dos principais foi o fortalecimento do apoio a startups por parte dos governos, das universidades e de investidores que potencializa a captação de recursos em editais e de entidades de fomento.
A orientação dada à equipe piauiense pelo MIT REAP tem foco no setor de saúde. “Fazer uma transformação da saúde do Piauí incluindo inovação e tecnologia como principais soluções”, destaca o gestor do Distrito Tecnológico da Investe Piauí, Christian Paz. Para isso, é necessário a participação de representantes de cinco eixos: governo, universidade, startups, investidores e setor empresarial.
De volta de evento em que passou quatro dias na sede do MIT, em Boston, nos Estados Unidos, para um workshop do programa, Christian Paz afirma que, chegando à metade da iniciativa e depois de fazer um mapeamento das necessidades dos atores que compõem os 5 eixos e identificar as vantagens e fraquezas da capacidade de inovação e empreendedorismo dos mesmos, o grupo está pronto para avançar fortemente nos próximos seis meses.
Foram definidos cinco Programas e Políticas de Intervenção (PPIs) e o primeiro é o foco do momento. O objetivo é criar um ecossistema que coloque as startups no centro. “Todas as soluções inovadoras e as novas soluções tecnológicas saem dessas startups. Então, se nós fortalecermos esse grupo, obviamente, nós estaremos dando um salto”, explica Christian Paz.
Para isso, projeta-se que haja um programa de compras governamentais direcionado a essas empresas, que hospitais e clínicas criem um ambiente de inovação aberta, que as universidades façam cursos de inovação e empreendedorismo e fomentem pesquisas que incentivem essas práticas e que mais investidores se disponham a aplicar dinheiro em startups.
Os cinco Programas e Políticas de Intervenção (PPIs)
PPI1 (principal): Executar um primeiro programa centrado em ecossistemas empresariais orientados para a inovação conduzido no HUB de inovação da saúde de Teresina, com programas educacionais conduzido pelas universidades, e vinculado a hospitais e clínicas por meio da inovação aberta.
PPI2: Implementação do Distrito da Inovação
PPI3: Estruturação do programa “Piauí Angels” (Estruturação de um programa de criação de investidores piauienses)
PPI4: Programas de Extensão Universitária para startups, governo e empresas do setor da saúde.
PPI5: Programa de Membership do distrito de inovação.
(Colaborou Robert Pedrosa)
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