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Atacadão vai substituir Maxxi Atacado em Teresina

Mudança ocorre após a conclusão da compra do Grupo BIG, dono da marca Maxxi, pelo Grupo Carrefour, proprietário das lojas Atacadão

 
 
Maxxi Atacado de Teresina será convertido em Atacadão (com montagem sobre foto do Google)

 Maxxi Atacado de Teresina será convertido em Atacadão (com montagem sobre foto do Google)

 
 

O Maxxi Atacado, localizado no bairro Gurupi, zona leste de Teresina, vai ser substituído pelo Atacadão. Essa é uma das decisões tomadas pelo Grupo Carrefour, dono do Atacadão, ao concluir a compra do Grupo BIG, proprietário da marca Maxxi. Anunciada em 2021, a transação comercial entre as duas gigantes do varejo alimentício nacional foi concluída no último dia 30 de maio, após aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal responsável que visa enviar o monopólio do mercado por empresas.

O Maxxi Teresina foi inaugurado em 2011 e é uma das 38 unidades do Maxxi em todo o Brasil que darão lugar às lojas Atacadão. Além delas, outros 28 hipermercados BIG Bompreço, que também pertence ao Grupo BIG, no país serão convertidos em Atacadão. Até o momento, o grupo Carrefour não informou quando será o início das conversões e nem se as duas unidades do BIG Bompreço de Teresina serão convertidas em Atacadão, em Carrefour hipermercados ou em Sam’s Club, outra marca do Grupo.

Segundo o Carrefour, a alteração dos formatos do Maxxi para Atacadão não exigirá desmobilização das estruturas, mas a mudança das bandeiras ocasionará o fechamento dos supermercados por três dias.

Gráficos: divulgação Carrefour Brasil

 

Serão investidos R$ 2,1 bilhões para conversão de 124 das 374 lojas BIG, Maxxi e Todo Dia, do Grupo BIG, em unidades do Carrefour. O trabalho será iniciado agora e a conclusão está prevista para o fim de 2023. As informações são da Isto É Dinheiro e constam em uma apresentação publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no domingo, 12.

As conversões foram definidas assim: 38 lojas do Maxxi Atacado, 28 do BIG e 4 do TodoDia passarão a operar sob a marca Atacadão (do Grupo Carrefour). Outras 47 unidades do BIG vão virar Carrefour e, por fim, 7 unidades do BIG serão transformados em Sam’s Club.

Esse processo acontecerá em dois formados, sendo que 35 lojas passarão por uma desmobilização, com fechamento por dois meses. Mas outras 89 lojas não precisarão ser desmobilizadas por inteiro e serão fechadas por apenas três dias para as mudanças.

Com a conversão das unidades, o grupo espera um aumento relevante na densidade das vendas. Hoje, os hipermercados da bandeira BIG vendem R$ 13 mil/m2, enquanto as lojas do Carrefour e Sam’s Club chegam a R$ 23 mil/m2, cada, e o Atacadão, R$ 35 mil/m2. Há uma “produtividade material a ser conquistada através da conversão de lojas”, afirma a direção no documento.

Na parte logística, o novo grupo estima enxugar o total de centros de distribuição de 64 para 51. Nessa redução, dez galpões serão fechados (um do Atacadão, três da Maxxi, quatro do Carrefour e dois do BIG) e outros dois (ambos da Maxxi) serão unificados. Há ainda um galpão que atende tanto a Maxxi quanto o BIG.

A transação cria uma gigante no ramo do varejo de alimentos, com 936 lojas, R$ 93 bilhões em vendas líquidas e R$ 6,5 bilhões de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado. É também o maior adquirente de suprimentos do setor, com R$ 75 bilhões em compras por ano junto a fornecedores.


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Estão previstos 18 meses para garantir uma integração de sucesso, segundo o Carrefour. Esse processo abrange conectar as áreas de tecnologia da informação, a cadeia de suprimentos, realizar as conversões de lojas e capturas de sinergias divulgadas.

A operação foi fechada pelo preço de referência de R$ 7,5 bilhões, sendo 70% (R$ 5,3 bilhões) pagos em dinheiro e 30% via entrega de ações (116,8 milhões de ações).

O novo grupo combinado tem o Carrefour SA como principal acionista, com 68% de participação, seguido por Península (do empresário Abilio Diniz) e Advent, com 7% e 4%, respectivamente. O grupo Walmart resta com 1%, e outras 20% das ações estão pulverizadas entre vários acionistas.

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Fonte: Isto é Dinheiro

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